Camuflada miragem, sobre a mesa de um bar fantasiado, tipo nos anos sem tempo, há um ser que se faz Deus, Maria-Gracia Latedjou. Sua voz nasce magnética, faz crer que a ferocidade humana se encontra no útero onde, inesperadamente, as sanguíneas correntes levam à memória do futuro.
No Baile dos Sentido, a voz da mulher é um universo de contestações, é um “mistério de pó” no cimo da vida. É metamorfose plena desfilando num palco que geme. Embora muda quando se faz dia, por hora, é vedeta magistral. Lá nascem palavras que se desprendem dos ramos do medo de máscaras venezianas, tentando abraçar o vento, a transcendência das almas numa mística que só a última nota pode revelar. Read More
Percorrendo as páginas da história da fotografia no mundo, observamos que cada canto tem o seu próprio trajecto, face ao surgimento da mesma. Olhando para o nosso umbigo, vê-se emergir em Angola, cada vez mais, praticantes da área. Vimos quase que constantemente a divulgação de fotografias actuais e antigas em exposições fotográficas nas plataformas e redes sociais ou fora delas, mas, afinal, qual a história por trás destas imagens?
Centralizando-me no plano fotográfico angolano, meu desejo de conhecimento sobre a Fotografia adquire uma postura menos específica. Embora esta actividade seja antiga em Angola, ainda existe uma escassez de material bibliográfico sobre o assunto. Os especialistas e passeatas da área estão mais interessados em clicar e capturar do que em documentar a trajectória da captura. Read More
Declamar é arte que dispensa adjectivos. É pérola que tem brilho cativo. Mas requer cuidado, como a flor do ninho que, desamparada, clama por carinho. Ela é o mesmo fogo que ilumina a noite escura quando os olhos buscam a chama da aventura, é a insegurança toda da paixão que flameja e arde à entrada do coração quando a saudade invoca a luz do bem-querer, e o que se espera é a emoção do entardecer.
Por este palco a que chamamos arte de Declamar, desfilam diversos declamadores, GRANDES e pequenos. Uns cantam o que nos afecta, desde o êxtase à dor, outros nem se ouvem, porque, enquanto declamadores, não têm alma. Read More