De giba
É de gibas
o peso da estagnação
num tronco gordo
de vacuidade nas línguas
É de gibas
o peso das formigas
num tronco vácuo
de fértil idades nas línguas
É de gibas
a concomitância das rixas
E é sobre
simplesmente sobre
os ombros
que a ribalta
dedura fome
de tonelada promíscua
do incansável peso da estagnação
No Palco dos dias
Há uma sinfonia
no palco dos dias
Ela vem ao meu encontro
e me encontro
com cerebrais nervos
dançando coreografias do passado
Há uma sinfonia
no palco dos dias
Ela vai ao teu encontro
te encontra dançando de costas
às poeiras da garimpeiria
Há uma sinfonia
no palco dos dias
Ela pisga-se de nós
dançando a coreografia
das rugas
no presente atroz
Os homens foram
Quiçá para ventos siderais
aninharam-se DNAIS*?
Quanta distância
entre a alma do corpo
e corpo da alma!
Quem gladiará
tal antagonismo
sem pintar
de trovoadas
algum calcanhar?
Os homens foram
os homens foram
só os cães são pessoas!
Outras Vidas
Verte sangue amarelo
ver-te sangue
amar elo de rosas espinhosas
nesta terra de vento
Flutua
a forca
da força
normal
dos acontecimentos
A peculiaridade é outra
por isso roga
nisso ronca
prorroga
sacrilégio
alheio
doutra
vida distinta!