eis sol das oliveiras. Mulher,
peco com a minha existência.
quais feminismos, doutrinárias
sílabas do segmento labial
costuro o vento. cultuo
com a força dos dedos Read More
A história da humanidade é bastante ilustrativa quanto à relação de enamoramento entre a arte e educação. As paredes decoradas pelas pinturas rupestres são motivos de especulação científica que advogam ideias, segundo as quais, aquele tipo de arte guardava instruções relacionadas à caça, às normas dos rituais de fertilidade e expressão de conceito, valores, crenças, entre outras coisas que adornavam o quotidiano do homem da pré-história. Read More
Todo e qualquer fazedor de arte constrói as suas obras a partir de uma base da realidade, embora estas sejam ficções, falando propriamente da literatura e, inclusive, da música que tem auxílio dessa, já que todo texto cantado pode ser entendido como um texto artístico-literário. Ou seja, obra nenhuma nasce do nada, por mais inventada que seja. E como certas canções chegam a, coincidentemente, falar de nossa vida ou ser apologista de uma ideia nossa como se de nós estivesse a retratar? Tudo graças àquilo que podemos chamar de memória colectiva.
A memória colectiva é constituída por informações da vida de cada cidadão de uma sociedade e de comunidades desta mesma sociedade e de opiniões sobre tudo que rodeia cada membro dessa sociedade, bastando que haja convivência entre as pessoas, a mínima que seja. Read More
Desconstruir o passado, fragmentar o presente e estruturar o futuro foi a tónica máxima para melhor compreender o tema central...
Com base algumas afinidades descritas pela citação anterior, para o estilo Kuduro, na sua estrutura formal, o primeiro sinal de semelhança que temos é a rima, pois, a busca de rima, no Kuduro é constante (muitas vezes, sem unidade das ideias anunciadas nos vários versos), dando-lhe, assim, o ritmo e a musicalidade que lhe são necessárias. Na tentativa da busca do ritmo, a maioria dos kuduristas opta pelo mesmo tipo de rimas, a emparelhada. A rima também justifica a construção moderna do Kuduro, porque, segundo Chatelain, na música tradicional angolana o recurso a rimas é raro. «Na poesia existem poucos sinais de rima, mas muitos de aliteração, ritmo e paralelismo». Além disso, a própria noção que alguns kuduristas têm em organizar as letras em verso e estas, por sua vez, em estrofes, como se pode ver em Bruno M., apresenta-nos uma visão de proximidade entre as duas artes. Dessarte, isto é indicativo de que há uma aproximação entre o Kuduro e a arte literária. Read More