Badi Orguita, a mãe de todas as kuduristas, como ela mesma se intitula, é a nova sensação do mundo artístico em Angola. Surgiu do gueto, como grande parte dos kuduristas, e vem afirmando-se no mercado nacional, com o seu “Vou te acarcar”, que já faz furor nas pistas de dança. O fenómeno despontou do “Rangu” ou Rangel, e tem 54 anos de idade.
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Como tudo o que é novo, na sua fase embrionária, foi e ainda é – pelo menos, para alguns – um género musical estereotipado como «marginal». Tal preconceito advém de um inevitável olhar-de-cima. Em qualquer sociedade, dito em metáfora, a verdade é que o «centro», fruto das ilhas sociais criadas pelo poder político – violência simbólica –, sempre olhará a periferia com desconfiança. Entretanto, verdade seja dita, a prática não inocenta de todo os maiores cultores deste estilo. O «Kuduro» desenvolveu-se no «gueto» e pode-se dizer que seja consequência da guerra civil. Uma maneira de evasão – estética subversiva – que surgiu como que um milagre para livrar uma grande massa social de traumas que uma guerra pode causar Read More
Os musseques, nas suas formas mais consistentes ou mesmo no caoticíssimo que lhe é característico, configuram-se como o principal espaço...