Os movimentos têm máscaras. Têm lutas e não são para perfis desorientados. O homem literário-artista angolano já não tem nenhuma bússola moral, tão-pouco sonhos. Tem interesses artísticos de poder, de mania e, sobretudo, de política. Os movimentos, alguns poucos, são verdadeiras escolas públicas. Que esse público seja o mais humilde, o mais dedicado, o mais ciente da luta e o mais humano acima de tudo. Eu fui e sou, em grande escala, educado artisticamente por um movimento de operários, de jovens sonhadores e com menos ego. Read More
Quando o céu derrama suas lágrimas, a terra em gesto íngreme absorve-as de várias formas, nos mares, rios e lagos, e na pior das hipóteses em nossas nobres casas – chuva é benditamaldição, feliztristeza para quem a vê a transformar-se em catástrofe. A chuva tomava conta do céu azul precipitado num branco de uma ave reluzente da paz. Read More
A história da humanidade é bastante ilustrativa quanto à relação de enamoramento entre a arte e educação. As paredes decoradas pelas pinturas rupestres são motivos de especulação científica que advogam ideias, segundo as quais, aquele tipo de arte guardava instruções relacionadas à caça, às normas dos rituais de fertilidade e expressão de conceito, valores, crenças, entre outras coisas que adornavam o quotidiano do homem da pré-história. Read More
Toda a crítica literária encerra uma dimensão filosófico-analítica. Os textos literários podem ser lidos de diferentes maneiras, contudo acreditamos que cada texto impõe ao transdutor (críticos ou analistas) um tipo de leitura que é condicionada pelo ângulo que o melhor favorece. Tal imposição pode ilibar, de certas exigências, o indivíduo que materializa objectivamente as suas ideias através do texto literário. Read More
Como tudo o que é novo, na sua fase embrionária, foi e ainda é – pelo menos, para alguns – um género musical estereotipado como «marginal». Tal preconceito advém de um inevitável olhar-de-cima. Em qualquer sociedade, dito em metáfora, a verdade é que o «centro», fruto das ilhas sociais criadas pelo poder político – violência simbólica –, sempre olhará a periferia com desconfiança. Entretanto, verdade seja dita, a prática não inocenta de todo os maiores cultores deste estilo. O «Kuduro» desenvolveu-se no «gueto» e pode-se dizer que seja consequência da guerra civil. Uma maneira de evasão – estética subversiva – que surgiu como que um milagre para livrar uma grande massa social de traumas que uma guerra pode causar Read More
Na noite de estreia da peça Apaixonados por engano do grupo teatral Amazonas Teatro, o público foi recebido com música acústica, cujo...