Muitos artífices da palavra obedecem, à risca, as indicações teórico-normativas sobre a conceituação e caracterização dos géneros literários que aparecem em manuais de teoria da literatura ou em gramáticas como princípios orientadores de criação literária. Na contramão, situam-se aqueles escritores que procuram demarcar-se dessas convenções normativas e escrevem obras que, por vezes, colocam em crise o pensamento crítico – doxográfico e ideológico – que, numa teoria existencialista ao reverso, advoga a «essência» como predecessora da «existência». É neste lugar de desafios à convenção onde se situa a «República do Vírus» de António Quino. Read More
A narradora-protagonista, utilizando «o seu bom espírito observador a fim de captar todos os pormenores que sejam úteis à descrição, quer envolva pessoas quer objectos, paisagens ou o tempo», consegue «pintar por palavras» a baixa de Luanda, descrevendo os edifícios, o mar e algumas pessoas, zungueiras, jovens, taxistas e outros (figurantes). Read More
As histórias de famílias desestruturadas e de amores impossíveis caem no gosto popular mais agilmente. Provaram-no o público presente na...