A Necessidade do Fomento do Turismo Nacional
Turismo é toda deslocação feita para fora do seu ambiente habitual, num período superior a um dia e inferior a 365 dias sem que no destino se desempenhe uma função remunerada. Falar de Turismo é referirmo-nos a experiência de visitarmos um outro local, a convivência com pessoas desconhecidas, a audácia de decidir viver uma aventura, ou seja, é o sair da zona de conforto e ver o grande contraste do novo e do velho de Angola. Gostaria de citar: Angola é um país grande e belo. Angola possui, de facto, um ecossistema muitíssimo rico, de florestas a deserto, de planícies e montanhas a estes 1.200 km2 de costa marítima, as praias, com uma singularidade de formarem ondas para o sentido oposto ao comum; de grutas e águas termais, quedas, rápidos, cachoeiras, lagos e lagoas. Angola é, vale mesmo sublinhar, um mosaico cultural, como enunciou o poeta maior, desde ruínas históricas a história viva como o povo himba e camussequele que no nosso território habita. Sair de Luanda e conhecer a história, interagir com os locais, conhecer pessoas fora da nossa esfera social, ouvir as suas histórias, o seu profundo conhecimento da vida é algo que vale a pena, tal como sentir as suas dificuldades, a sua simplicidade de viver e, apesar de tudo, ainda ser-se incrivelmente feliz, com um sorriso de uma ponta a outra. Conhecer Angola, sua história, sua cultura e suas gentes é uma experiência única!
Fotografia no fenómeno do turismo nacional
Se não houvesse turistas aventureiros, nacionais, curiosos, com máquinas fotográficas, não saberíamos de muitas riquezas do nosso país. A fotografia é uma linguagem, um instrumento visual de comunicação. Se não capturássemos esses momentos, esses lugares, ninguém acreditaria nas coisas mágicas que existem no nosso país. E poderia também citar aqueles momentos caricatos em que se fotografa a essência de um determinado povo e depois as imagens estarem todas escuras, por motivos alheios ao que é o nosso discurso. Passo a citar o Views of Angola como um dos maiores propagadores dos potenciais turísticos dos recantos do nosso país. Sim, potenciais turísticos, pois, para ser um destino ou um local turístico é necessário que existam condições para uma estadia: alojamento, meios de comunicação, transportes, restauração. Além de contadores de histórias e turistas internos, o grupo mostra-nos Angola de outros tipos. Uma Angola nossa, que não aparece na tv. Retratos do nosso quotidiano, estratos de diversas experiências vividas, inúmeros quilómetros percorridos.
Rostos, conversas, trajectos. Angola tem sabor, tem cheiro, tem cor. Somos receptivos, acolhedores, calorosos e dispostos a ajudar. Existem lugares e experiências que, contadas sem ilustração visual, parece que saíram de um conto, parece que foram fábulas; podemos chegar a questionar a sanidade mental da pessoa, se apenas ouvirmos a explanação das suas aventuras no nosso país. É como se tivesse saído de um filme. A nossa terra é fresca, é viva, tem o som dos pássaros pela manhã, dá para sentir toda galáxia no fim do dia, bem debaixo dos nossos narizes, a partir de cada recanto. As cidades do interior aconchegam a alma. Angola é autêntica. É um destino virgem e cheio de potencial, da qual, através de um clique, temos acesso a apenas uma ínfima parte.