Hoje sou um choro de vida
numa anulação em que o dedo toca a síntese musical da vida
uma vida dentro de outras vidas
talvez seja a simbiose que carrega o silêncio ameno do sangue
que carrega uma flor que fala mas não falo da palma das minhas mãos
não falo do bater dos pulsos quando sente a opacidade em si
falo de um sonho que o mar me ama
de um dia em que a liberdade não é perigosa
falo do além que é hoje e às vezes nunca chega