Balilson BCC apresenta-nos uma proposta musical que deve ser valorada dentro do seu espaço e suas circunstâncias. “Bad b tá maluco” é no fundo uma reflexão sobre a miséria de nossa sociedade com sua profunda desigualdade; é o desdobramento da violência exagerada vivida nos nossos musseques e do terror sofrido pelos habitantes, pelo facto de ter que conviver com a delinquência na porta de casa e na eterna expectativa de surgir algum confronto
Geralmente, todo escritor enfrenta pelo menos três problemas: escrever, publicar e ser lido. Escrever não é fácil, pois muitas vezes as palavras são frutos do sofrimento, marca inevitável da personalidade do artista. Escrever é, primeiramente, vencer a si mesmo, sem medo, resignado e apto a transferir os conflitos pessoais em arte. O segundo grande problema enfrentado pelo escritor é uma missão titânica em Angola, publicar um livro. Não por falta de editores, mas por questões socioeconómicas.
Hoje, assistimos o desmonte das grandes cadeias de livros na mesma velocidade da crise, temos a subs-tituição dos livros infantis, por jogos, brinquedos, internet, televisão e outros produtos similares. Ve-mos os poucos espaços existentes se transformarem em expositores dos produtos mais variados, cada vez mais distantes do livro em questão. A criança de hoje, não é a criança dos anos 70 ou 90, estamos em 2021, os anseios, as influencias, os desafios são outros. O passado é importante, infeliz é o homem que o despreza, aliás, todo homem está suspenso numa trialidade passado, presente e futuro. Outros-sim, a literatura infantil angolana, hoje
O planeta terra, em particular o cosmo angolano, vive uma crise sanitária sem precedentes, causada pelo vírus SARS-CoV-2 que, drasticamente, alterou o nosso modus vivendi. Uma das características provocada pelo SARS-CoV-2 é que inúmeras literaturas estão sendo escritas agora. Publicada em Abril, contendo 14 poemas, a obra Quarenpoema, de Zola Vida, é fruto dessa atmosfera. Nossa análise recai para o aspecto conteudístico da obra em época de quarentena.
A questão sobre a angolanidade literária é um pseudoproblema, é mais exclusiva do que inclusiva, manifesta sintomas de fraqueza ou de oscilação do sistema literário. Toda a dogmatização literária constitui entrave ao engrandecimento da literatura nacional. Ciência não precisa de outorga, ciência é ciência.
Ao trazermos em tela a narrativa “Barroco Tropical”, de José Eduardo Agualusa, lançada em 2009, objectivamos marcar determinados pontos da obra, onde analisaremos a intersecção entre o Direito e a Literatura, a viabilidade do estudo do Direito através da Literatura e as opções do uso da mesma. Nesta narrativa que, livremente, na trilha de avanços e recuos no tempo, Agualusa retrata de forma viva a sociedade angolana