Tanto análise literária como a crítica têm o texto como eixo de partida. Isto é, o texto é razão de se ser destas nomenclaturas. Assim sendo, a leitura textual, em nosso entender, para o assunto em abordagem, implica necessariamente à interpretativa. Entendemos, em nossa comunicação, que o conjunto dos enunciados literários, que não deixam de ser linguísticos, submetidos à análise como meio para se chegar à crítica literária compreende o campo da textualidade. Assim sendo, o texto poderá ser também uma amostra do comportamento linguístico que congrega as suas variantes e variáveis.
Discursar subentende uma grelha de leitura que congrega variadíssimas dimensões como sociais, políticas, económicas, culturais, antropológicas que concorrem para o êxito, ou não, do discurso enquanto palavra em acto. Discursar, sobretudo, não é simplesmente falar o que as pessoas querem ouvir, mas fazer o que as pessoas das diferentes esteiras sociais precisam de ouvir.
Do ponto de vista moral, entendemos que não existem plágios maiores ou menores; roubos maiores ou menores; peculatos maiores ou menores, embora os danos causados não sejam a mesma dimensão proporcional do ponto de vista material, psicológico e humano. Mas, na perspectiva da dialéctica moral
Desde os tempos mais antigos, os lugares sempre tiveram nomes como factor identificativo e valoração sociocultural. Pois que, para se chegar a qualquer ponto do mundo, tem de se saber o nome enquanto topónimo. Relativamente ao diálogo intercultural no campo da toponímia, o mesmo apresenta-se e serve-se da coabitação recíproca da funcionalidade histórica.
Rosas & Munhungo, concretamente, em Regina, conforme as nossas lentes cognitivas, se evidencia a presença transitória da imitação externa à imitação metafórica que subjaz, em parte, no discurso psicossocial até certo ponto dualista, ora externo à obra ora interno à obra. Vejamos que em função do processo histórico de Angola, a palavra “arder”, além de transpor, quase sempre, os tecidos normais da sociedade, é um gatilho no subconsciente de um segmento pertencente a esta sociedade.
Por existir uma fronteira entre a idealização e a materialização, o que torna qualquer comunicação propensa de equívocos,faremos um exercício racional no decorrer da exposição do nosso conteúdo. Assim sendo, não há e nem haverá pretensões de se arquitectar uma selecção preferencial, e sim os que se enquadram no nosso raciocínio analítico, ensaístico ou crítico, embora entendamos ser fundamental mencionarmos alguns dos precursores da poesia angolana, tais como José da Silva Maia Ferreira, Cordeiro da Mata, J. Cândido Furtado, Eduardo Neves, Lourenço de Carmo Ferreira. Mas, em momento algum, faremos uma incursão historiográfica, não por demérito, sobre as diferentes etapas da poesia angolana, nem sobre a luta pela independência nacional.