Reitero: a língua não é só gramática. “A gramática viva da Língua Portuguesa pode ser estruturada e ensinada tendo como base os binómios nome/verbo e determinante/determinado.” (Dequi, 2016, p. 12). A criança, ou o falante, não precisa saber que está a usar o conjuntivo, mas ter noção das suas intenções comunicativas. Língua é COMUNICAÇÃO
Escrevo hoje esse texto porque senti na pele o efeito desses abusos, mas não permiti que me violassem pela segunda vez. Fui ter com o chefe, o conservador, pois o gajo do servidor público, idiotamente, às 12 horas, depois de eu ter dado uma mbaia no serviço, recusava-se de me atender.
Quando as pessoas se cruzavam, sentia-se o repúdio da proximidade num olhar quente e áspero. Corpos iguais repeliam-se. O isolamento físico foi decretado. Estava salvaguardada a natalidade mesmo sem consultas pré-natais; ou não. Talvez esse recolher obrigatório de se confinar entre quatro paredes, cá em África, seja o ebulir de uma enchente no Ngangula e Lucrécia Paim ou o repovoar da velha Europa, cujos filhos vão desta para a melhor. Bendito seja Deus?! Ou maldito, por permitir que calamidades dessas surjam a nós
A confusão instalou-se quando um grupo de velhos, jovens e crianças, que faziam bichas desde às madrugadas, notaram que a carrinha Canter, mandada pela administração municipal para distribuir cesta básica às famílias vulneráveis, doações de um grupo de malianos, donos de cantinas locais, fez um desvio imprevisto que durou cerca de vinte minutos, no portão da administradora comunal e, depois, mais outros, obrigados pelo seu chefe de gabinete a quem mais algumas sacolas foram deixadas ficar.
Amiúde, pessoas doutas e indoutas vociferam que o “game está violento”. Na verdade, não enxergava com realismo o teor deste...
Epa, começo a ficar preocupado com o nosso acervo linguístico. Embora estejamos a pensar no surgimento de uma gramática descritiva...