Nos últimos cinco anos, ou um pouco mais, tem-se intensificado as vozes, acompanhadas de alguns estudos, que defendem uma Língua Portuguesa angolana em detrimento da variante ou Português europeu (PE). O que trazemos nesta abordagem é mais uma contribuição para esta necessidade contínua de estudos à volta da variante angolana da Língua Portuguesa ou Português angolano (PA) Read More
Todo e qualquer fazedor de arte constrói as suas obras a partir de uma base da realidade, embora estas sejam ficções, falando propriamente da literatura e, inclusive, da música que tem auxílio dessa, já que todo texto cantado pode ser entendido como um texto artístico-literário. Ou seja, obra nenhuma nasce do nada, por mais inventada que seja. E como certas canções chegam a, coincidentemente, falar de nossa vida ou ser apologista de uma ideia nossa como se de nós estivesse a retratar? Tudo graças àquilo que podemos chamar de memória colectiva.
A memória colectiva é constituída por informações da vida de cada cidadão de uma sociedade e de comunidades desta mesma sociedade e de opiniões sobre tudo que rodeia cada membro dessa sociedade, bastando que haja convivência entre as pessoas, a mínima que seja. Read More
Ao contrário de “transar” que é uma palavra dicionarizada, “perar” ainda não é, fazendo desta uma palavra marginalizada, e, para o leigo, palavras fora do dicionário não existem ou não se lhe devem dar valor. Já que “foder” é ensinada pelo dicionário como sendo ofensiva e calão, como um estrangeirismo ou empréstimo, o angolano leigo solicita o “transar” do brasileiro, pois este usa-a em todas as circunstâncias linguísticas, dando a informação de que não é ofensiva. E perar é? Read More
Todos nós, falantes desta língua que se diz complicada, que se diz imposta, sabemos que os nomes (uma das classes morfológicas), para além do número, variam em género (masculino e feminino). Pela sua característica morfológica – é como se fossem traços físicos em pessoas –, reconhecemos, facilmente, o género de alguns nomes Read More
É sabido por muitos que a escrita em Língua Portuguesa não corresponde sempre à fala. Esta situação é vista por muitos falantes como uma desvantagem para o ensino do Português, principalmente para pessoas que a têm como segunda língua ou que não a têm como materna. Submetemo-nos, por isso, ao exercício de entender certas realizações, no discurso escrito, da língua mais nacional que temos. Read More
O cenário, “intimamente intimista”, não daria para muita gente, e, infelizmente, muita gente precisaria de uma boa terapia musical no último dia laboral da semana, excepcionalmente na quinta-feira. A parte frontal da sala que, claramente, seria manejada pela anfitriã estava composta por uma mesa na qual dava para ver um PC e mais alguns instrumentos, dois, se tanto. Havia três microfones destacados, prevendo, além de ela, mais dois acompanhantes. Mas o que se viu foi o contrário. Ou seja, Maria-Gracia Latedjou, ao contrário do que se esperava, dominou todo o cenário, sozinha, com a simplicidade de uma experimentada artista de longos anos. Além dos dois instrumentos denotáveis sobre a mesa, demo-nos conta do violino que foi o instrumento base ou principal durante o concerto, tocado com e sem arco, embora, no seu EP inaugural, “o baile dos sentidos”, o violino não tenha conhecido o arco como tradicionalmente é. Read More