Os Poemas de Pintura dos Ecos insinuam o regresso ao passado, especificamente às raízes culturais e tradicionais de Angola, o que se percebe pelos signos linguísticos do título: “Pintura”, que corresponde à representação de uma imagem numa tela, e “Ecos” que nos remete para o movimento de um som que se propaga no ar ou que retorna à sua fonte de produção. Read More
Às vezes, a vida veste e reveste-se-nos de intermináveis rodeios. Para quem não viaja, há minutos ou séculos, ser-lhe-á dado o passe livre,pelas mãos, lendo A Arte de Sentir, onde o fluir de um vocabulário diverso,raro e riquíssimo em imagens, cria rios de visões mentais, dos quais, num simples percorrer de páginas, conseguimos reencontrar-nos com a mais remota civilização africana, e, por coincidência, a primeira que o mundo conheceu, o EgiptoAntigo, em reminiscência aos Faraós ou à deusa Nerfertiti, trazidos à nossa presença quer pelas areias movediças do deserto, quer pelo utópico esquecimento onde foram afunilados, e, com eles, as demais mulheres africanas (“Presidiárias da realidade”, p. 32), que se dedicam à empresa da promiscuidade, “beijando bocas”.Entretanto, as outras, a quem o sujeito poético se dedica, vivendo todo esfarelado,manso e submisso, em “charcos de palavras insípidas” se dissolvem, motivo pelo qual o mesmo se questiona: “Seria heresia pensar/ Que o amor não existe?”(p.67). Read More
Feliz é o dia do nascimento de alguém. Mais feliz ainda o é quando acompanhamos o seu percurso de vida, testemunhando as suas reais batalhas, os momentos de agrura, e os seus feitos heróicos. Read More