Nos últimos cinco anos, ou um pouco mais, tem-se intensificado as vozes, acompanhadas de alguns estudos, que defendem uma Língua Portuguesa angolana em detrimento da variante ou Português europeu (PE). O que trazemos nesta abordagem é mais uma contribuição para esta necessidade contínua de estudos à volta da variante angolana da Língua Portuguesa ou Português angolano (PA) Read More
Uanhenga Xitu, como já afirmámos é, claramente, um escritor-linguista, e este pequeno conto justifica esta afirmação de uma forma muito clara, na medida que, neste conto, descreve o Português “angolano” conforme é. Se o texto literário deve ser percebido de forma simbólica, Mestre Tamoda, mais do que crítica à concepção de intelectualidade e do retrato social daquela época, aponta também para uma Língua Portuguesa que assumiu outras características resultante deste adstrato frequente com as Línguas Nacionais Read More
José Luís Mendoça, como ficou evidente, é proprietário duma vasta obra, cujo processo de construção se dá há quase quatro décadas. Trata-se duma obra que acompanhou os diferentes momentos da Angola independente e que por vezes se viu condicionada pela conjuntura sociopolítica, podendo-se-lhe vislumbrar ainda resquícios de um pós-anti-colonialismo resultante de factos vividos ou contados, quiçá mesmo de traumas próprios da pós-colonialidade. Uma obra, portanto, que pode ser inserida em dois espaços estéticos: eduardista e pós-eduardista. Read More
Literatura e Direito são áreas do saber que possuem próxima relação e que têm como objectivo comum a compreensão e a representação da realidade, como refere Santos (em Trindade, 2008, p. 246): “a literatura enquanto arte extrapola os limites, dado ao carácter plurissignificativo da linguagem. As várias possibilidades de significados do texto literário se processam graças a elementos estilísticos provocados de efeitos estéticos”. Read More
Esta colectânea surge diante de uma realidade sociopolítica conturbada e, por isso, contribui de forma positiva para o aliviamento da pesada e controvérsia ideia de «ficar em casa» em confinamento ou mesmo em quarentena, proporcionando, gratuitamente, aos leitores, uma variedade de textos para serem descortinados durante um Estado de Emergência que Angola nunca experimentara; por isso, «Escritos de Quarentena» já é uma marca indelével na história da Literatura Angolana. Read More
Em «Um oceano, Dois mares, Três continentes», José Mena Abrantes propõe uma tentativa de tradução literal, mas incorre, tecnicamente, em certos casos, numa autêntica corruptela de sentidos ao traduzir um conjunto de palavras do francês cuja equivalência em português se desvincula do seu sentido original. Não condeno o uso da tradução literal[1], aliás, compreendo e aceito que Mena Abrantes tenha, inevitavelmente, optado por este tipo de tradução mediante as semelhanças que existem entre as duas línguas envolvidas neste processo (francês e português) Read More