Como lido algures, “a cultura constrói os códigos e as linguagens simbólicas em que radicam os sentimentos de pertença a um colectivo de base territorial.” É, no entanto, neste conceito a que nos enlaçamos para compreender como os novos espaços urbanos dão sustentabilidade à liberdade criativa para a construção de códigos e linguagens simbólicas enquanto “subterfúgio” dos sentimentos das gerações.
A proposta de reunião de três disciplinas artísticas foi muito bem conseguida. A única ressalva que se faz às organizações esse tipo de evento é um desdobramento mais criativo e eficiente na hora da divulgação.
A CASA REDE, além de ser uma das respostas necessárias sobre o que a cidade precisa culturalmente, configura-se uma potencialização de ideias por parte de cinco jovens, artistas de áreas distintas – Aneth Silva, Ana Paula Lisboa, Elisângela Rita, Luana Bartolomeu e Bona Ska. É a materialização de um projecto ousado que surge da necessidade vital e constante de respirar arte e cultura por parte destes. Sediada no edifício 47, da avenida Brasil, é um espaço acolhedor, forjado para que os artistas possam potencializar sua produção sem qualquer censura. Uma porta aberta para aqueles que procuram alargar o seu networking, aqui os artistas (e não só) poderão interagir de forma profunda, estreitar laços, criar conexões e partilhar ideias.
O povo angolano sempre foi caracterizado como um povo de sorriso fácil. E não sem motivos, pois não faltam manifestações culturais onde os elementos do humor são evidenciados mesmo quando as circunstâncias sociais não são tão inspiradoras.
Por exemplo, o fenómeno cultural denominado “estiga”, caracterizado como um duelo em que os intervenientes troçam-se caricaturando elementos físicos e psicológicos, parece ignorar a realidade do meio circundante dos nossos musseques onde é habitualmente palco desse evento, a menos que esta realidade sirva para promover mais risos.
O OPELAO ONCÓCUA é um certame de carácter académico que visa levar algum conhecimento diferenciado e de qualidade aos munícipes do Curoca, na província do Cunene
Desconstruir o passado, fragmentar o presente e estruturar o futuro foi a tónica máxima para melhor compreender o tema central...