Crónica da margem para afinal dizer o quê?

Surgiu-me sonhar de novo com esta afirmação apontada com a Pátria no modo mais imediato de acontecer.

            TUNDA e depois a VALA. Foi a única coisa que eu disse. O resto era uma crónica da margem para, no final, dizer o quê? O primeiro poema que construí foi de pau-a-pique, durável como deus! Mas ultrapassava os destinos ou pelo coração ou pela memória, ou, ainda mesmo, pelo corpo. As inúmeras palavras, tomei-as de modelo para compor a música com o ritmo nos versos ou seguir os sonhos marcando as idades antes e depois, porque agora obedeço a uma regra guardada no indivulgo. Vivo adjacente, doutro lado, o mundo e o inverso como erro são este silêncio com que beijo o destino dos dedos.

A minha monologia peripatética chama-se íntimo, poder ou margem abordada e começa assim: o certo como se achou melhor errar com o livre direito de ser e produzir é uma alienação que se faz com a linguagem designada” Céu aberto” ou a forma das palavras que dão ao homem a possibilidade de segurar o tempo. Eu sou e não sou. Produzo-me no grupo, por isso a minha natureza é uma expressão de lugar medido, um verdadeiro objecto de indefinições e a esperança que se data nas mãos com a tal ideia de lado-a-lado, o lugar no corpo ou o corpo no lugar. Estou a caminho à procura dos sinais com que se diz o nome das coisas.

A literatura de revelar o tempo só há neste permissivo. Porque, noutros contempos, não chega o prazer de lhe contar com o amor e dignidade. Pode perceber-se, sem pouca razão, este caminhar veloz pelas correntes que a eleva à liberdade, mas a poesia não é problema de tempo, sim de lugar e de como se cria. Neste meu discurso, a lápis com a idade do papel, literatura é o texto e não o inverso, como esta tarde percepção de que me acossa a verdade. Ela tem, sobretudo, esta linguagem empírica com que se corta o silêncio por via de desacordos.

E mesmo aquela literatura feita por um senso justiceiro a qualquer ideal societário é sempre um rasgo de bifurcações com argumentos mais do que apenas humildes, antagónicos, e deixam uma marca de rios com fiadas margens, por isso não ser acto de espanto, este jazigo de dotes sobre ela, mesmo nas bocas sem línguas. Hoje tecer uma palavra em torno de literatura é uma passagem de rua aberta. A literatura, stritu sensu, é a praia mais alargada para todos os seres e o homem. Aqui, vale, também, pela sua brincadeira. Escrevo a educação com a história na mão. O que preciso dizer mesmo é outra coisa.

Este passo de dom é o exercício do artífice com os quais medes louco com a tinta na mão, e esta parada é o último rasto, porque depois sumo com o vosso entendimento. Vírgula, excepto o universo, a minha vida tem caminhos, e paro neste verso. Aliás, separo-me na luz dos homens e o que fica é um grande passeio: não é preciso experimentar toda a compreensão, às vezes, o mundo diz-nos o toque da nossa passagem, mas não encontramos a terra de relação e sentimos o parágrafo na mão. Só que é difícil possuir o último verbo.

Uma linguagem de margem com uma determinada miragem no olhar, saio já deste lugar de deus-pai-todo-poderoso. Com as suas falhas e um estado de guerra, é a única forma de passagem que me resta. A minha boca sabe do Norte deste curso, porque a visão da esquerda é uma arte do pé ou, para me constituir, só me falta uma arma.

Não. Não Negar com pleonasmo a ideia do absurdo. E deixem-me ultrapassar, mais do que as passadas vezes, esta conformidade.

Ouvir dizer que “o tempo presente, é uma corrente literária” (modernidade!).

Assim, lixar-me o mais correcto.
E todos, nesta noite:
Mesmo
Os que vão
Todos estão parados
Ou a caminho desta luz escura
Ou com a primeira palavra nua
E o resto ser
(o resultado que se espera)
Por exemplo parar por aqui? Não.

Na língua, falar sobre tudo confere uma cultura ao presente. A próxima natureza começa com a palavra TUNDA e só vale o lugar do vosso desejo.

Vrummmmm!  Até lá, é preciso consentir esta doação. Afinal, ninguém sabia!