A poucos dias para entrada do mês em que as mulheres tendem a ter todas as atenções, trago esta questão polémica da igualdade entre os géneros.
Se existe, não sei, mas eu não conheço homem algum que não deseje a bênção de ter uma mulher prendada. E quando digo prendada, refiro-me ao conceito que a sociedade me ensinou: “aquela que tenha sido bem-educada”. E como é, afinal, uma mulher bem-educada? “Entende-se como mulher bem-educada aquela que saiba cuidar de uma casa, domesticamente falando”. As mães fazem questão de educarem as filhas de modos que, ao constituírem a sua própria família, não venham a envergonhar o bom nome da família de origem e, para tal propósito, preparam-nas, de todas as formas e maneiras, desde como ser uma boa cozinheira, lavadeira, engomadeira, arrumadeira, e muitas outras eiras, em suma, exímias empregadas domésticas! Em tempos já idos, na véspera do alambamento, também eram ensinadas a serem boas mulheres na hora do “vamo vê”, missão que era dada às tias (entende-se tia como a irmã do pai, e somente!), além da responsabilidade de gerar filho, pois, sem esta, seria vista como imprestável para ser mulher do filho alheio. Porém, embora hoje continue a valer para muitas famílias e mulheres, tem havido uma reivindicação contra esta tendência que, para muitos, é o mesmo que preparar a mulher para ser empregada, alegando igualdade no casamento, que, para muitos, é o mesmo que ver o homem a lavar, a engomar, a cuidar dos filhos, ou seja, a fazer todo aquele trabalho que foi e continua ainda a ser atribuído à mulher.
A quem atribuir a culpa deste facto histórico e tradicional? A Deus que, pela Bíblia Sagrada, não parece ser a favor desta reivindicação, pelo menos, segundo a interpretação de alguns, ou ao próprio homem, com o seu poder de destruir e manipular até a ordem das coisas na natureza?