À memória de Samoray Orlando
A pele é o único símbolo de canções púrpuras
que fragilidade o alcatrão emerge
se a taberna fechada,
o lodo e a sonata anémica,
se te quisesse mais púrpura, dava-te cigarros,
digo, o vilão teme o meio-dia,
no riso
o ladrão escreve ou estende
o sexo litúrgico
depois da esferográfica às pressas
em volta de tudo,
somente a noite enverga a nudez
no centro do jogo:
a vida
como faca animalesca
e o filho escurece a pele
como ópio,
o filho escurece a estrela dentro
dos poros
que os sobas viessem nas caravanas
e as raposas escamas fictícias
ardessem centímetros próximos
dos torpedos
inclino
então em baixo
a pele imita o relâmpago
e a mãe suspira pelos aros glorificados
oh sirene oh esconderijo de pólvora