Vocês, sim, são culturalmente angolanos, porque uma “têpêá” vos fez lembrar que existe, em Angola, não apenas Semba, Kizomba e Rap; Bonga, Euclides da Lomba e Cool Clever; fez-vos lembrar que afinal música angolana também é Socorro; vocês, que vibraram e dançaram a um ritmo há muito esquecido pelas rádios, pelos produtores musicais, culturais e de espectáculos, e, acima de tudo, pelo Ministério da Cultura e foram gabar-se entre as paredes digitais das redes sociais como tão representados como angolanos se sentiram, são os verdadeiros angolanos culturalmente.
A união matrimonial entre o homem branco e a mulher africana propicia a interpenetração cultural. Contudo, se por um lado, regista-se a imposição de elementos culturais exógenos (a título de exemplo, o doutor Pereira proibe o uso de panos a sua cozinheira e exige que ela utilize vestido), do outro lado, face a agressão cultural, verifica-se a persistência do endógeno, particularmente, a presença dos elementos linguísticos africanos (como o kitari) na língua portuguesa como indicador da resistência cultural por meio da língua.
O chão estava coberto de pernas estendidas sobre panos também estendidos, africanos, de cores várias, vermelho, em particular, ou na...
Vencedora do Prémio Nacional de Cultura e Artes 2016, na categoria de cinema, com o documentário Independência, a Geração 80...
África é, para muitos, o ponto central da cultura. Há quem afirme que foi aqui onde nasceu a arte sob...