O povo angolano sempre foi caracterizado como um povo de sorriso fácil. E não sem motivos, pois não faltam manifestações culturais onde os elementos do humor são evidenciados mesmo quando as circunstâncias sociais não são tão inspiradoras.
Por exemplo, o fenómeno cultural denominado “estiga”, caracterizado como um duelo em que os intervenientes troçam-se caricaturando elementos físicos e psicológicos, parece ignorar a realidade do meio circundante dos nossos musseques onde é habitualmente palco desse evento, a menos que esta realidade sirva para promover mais risos.
É evidente que de um jornalista não se deve esperar, se houver excepções, melhor, que faça uma leitura profunda e totalizante de um determinado livro, mas ao menos que produza uma opinião honesta, por mais impressionista que seja, que sirva de ponto de partida para outras leituras e opiniões. Por outras palavras, que chame a atenção do público para o livro. É minha convicção de que esse seja um dever de ofício dos chamados jornalistas culturais.
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