Cruz dos Santos, com todos os transtornos, chega a Canjala. Vai à festa dos jovens da circunscrição, todavia, em toda a via, é barrado pelos seguranças do team arrogância por não ter um tênis da Galáxia. Cruz dos Santos liga para o motorista Kobele das Mbaias e esse, para acalentar o cerebelo do senhor Cruz, lhe sugere ir a Marginal ouvir a tradicional prosa dos marginais, mais diversificada do que a economia da terra do Novo Messias.
É aqui onde reside a questão. Para nós, os angolanos, o erro começa ao pensar que somente o alto nível de escolaridade é capaz de proporcionar emprego, conhecimento e estabilidade aos sujeitos. Não se investe noutras formas de saber por se pensar que só se pode construir e instruir o homem, na sua plenitude, na relação aula-classe. Mas, mesmo que se forme o homem nesta relação, são necessários outros artifícios que complementem o conhecimento livresco, outros saberes que possam contribuir para a transformação da pessoa num agente interventivo na sociedade.
Queria ter estado lá, quando fizeram o mundo. Eu, sentado onde fosse possível, a ver o nada a transformar-se em...