Fodíamos todas as noites — era assim que começava o livro dela. Um romance de mau gosto que devia ter sido escrito com os dedos sempre húmidos. Não faltava no livro palavras que se ouvem apenas de mulheres húmidas. Enquanto ouvia ler este Atestado da Intensidade Erótica, pensava nela, vigorosa e cálida, a surgir coberta de roseiras-rubras nos seios e no sexo. Era o segundo livro e terminava com uma convocação de traições e sangue, depois de uma sucessão de lugares-comuns.
Os símbolos estão em tudo que é canto – dizia meu pai. Eles povoam os bairros, cidades, becos, casas e...
Uma escuridão bonita é o título de um dos livros de Ondjaki, escritor angolano cuja escrita faz viajar e desperta...