Por inerência da profissão mesclada com a mestria, o jornalista da direcção de informação sentiu ser sua a missão converter em claras palavras os "ayués" que as populações espargiam nos becos, ruelas, ruas e avenidas, levando as mãos ao encontro das próprias cabeças. Apesar do impacto paralisante da pintura onde as cores predominantes eram a morte e a destruição, ele fez as suas reportagens com uma performance tal que lhe soergueram ao ápice da glorificação, da perseguição.
Além de ficarmos a saber que os kotas não são tão independentes quanto aparentavam, descobrimos que a nossa beleza decresce com a ascensão dos anos, desvendamos que a abundância de anos vem segurando a solidão pelas mãos; descobrimos que o gozo da felicidade requer alguma dose de inocência; enfim, descobrimos que nunca seremos tão felizes quanto na fase da meninice.
Como lido algures, “a cultura constrói os códigos e as linguagens simbólicas em que radicam os sentimentos de pertença a um colectivo de base territorial.” É, no entanto, neste conceito a que nos enlaçamos para compreender como os novos espaços urbanos dão sustentabilidade à liberdade criativa para a construção de códigos e linguagens simbólicas enquanto “subterfúgio” dos sentimentos das gerações.
A história da humanidade é bastante ilustrativa quanto à relação de enamoramento entre a arte e educação. As paredes decoradas pelas pinturas rupestres são motivos de especulação científica que advogam ideias, segundo as quais, aquele tipo de arte guardava instruções relacionadas à caça, às normas dos rituais de fertilidade e expressão de conceito, valores, crenças, entre outras coisas que adornavam o quotidiano do homem da pré-história.
Cruz dos Santos, com todos os transtornos, chega a Canjala. Vai à festa dos jovens da circunscrição, todavia, em toda a via, é barrado pelos seguranças do team arrogância por não ter um tênis da Galáxia. Cruz dos Santos liga para o motorista Kobele das Mbaias e esse, para acalentar o cerebelo do senhor Cruz, lhe sugere ir a Marginal ouvir a tradicional prosa dos marginais, mais diversificada do que a economia da terra do Novo Messias.
A hora H é para nós aquela hora em que tudo de bom acontece, é como a hora da verdade para o Petro de Luanda e adeptos; os adversários, por mais contundentes que sejam, evaporam e se desfazem no ar. É assim, como se nos apresentou o mês de novembro, cheio de bons ventos a soprar-nos a alma e empurrar-nos para o canto da permanência, se quisermos dizer, para o canto eterno das coisas. Embora estejamos no manto da dor, afinal, neste mesmo mês a vida permitiu que perdêssemos a substância de dois grandes homens,tradutores dum mundo incompreendido.