Diante da importância de autores como Luís Carlos Patraquim para a construção da poesia moçambicana e elaboração de suas frentes literárias e, também, da potência da escrita de Hirondina Joshua, dentre poetas mulheres que despontam no país após tanto tempo apenas com nomes singulares como os de Noémia de Sousa e Glória de Sant’Anna, é possível analisar como os movimentos de poesia na escrita desses poetas revelam algo além da intertextualidade – e aqui, por ordem de gerações, seria coerente o diálogo intertextual de Patraquim empreendido pela poesia de Joshua, na qual se nota uma escrita consciente e crítica.
Hoje, assistimos o desmonte das grandes cadeias de livros na mesma velocidade da crise, temos a subs-tituição dos livros infantis, por jogos, brinquedos, internet, televisão e outros produtos similares. Ve-mos os poucos espaços existentes se transformarem em expositores dos produtos mais variados, cada vez mais distantes do livro em questão. A criança de hoje, não é a criança dos anos 70 ou 90, estamos em 2021, os anseios, as influencias, os desafios são outros. O passado é importante, infeliz é o homem que o despreza, aliás, todo homem está suspenso numa trialidade passado, presente e futuro. Outros-sim, a literatura infantil angolana, hoje