A história da humanidade é bastante ilustrativa quanto à relação de enamoramento entre a arte e educação. As paredes decoradas pelas pinturas rupestres são motivos de especulação científica que advogam ideias, segundo as quais, aquele tipo de arte guardava instruções relacionadas à caça, às normas dos rituais de fertilidade e expressão de conceito, valores, crenças, entre outras coisas que adornavam o quotidiano do homem da pré-história. Read More
Estava eu no décimo nono andar da torre Kilamba a apreciar o pôr-do-sol quando recebi uma mensagem do historiador e...
Na prisão do sono plantando perseguições ante o delírio tropical dos nganas quimeras não sentem poeiras horizontal anoitecer nos pés...
A literatura é, dentre outras coisas, a partilha de coisas sagradas para todos nós enquanto seres humanos – não importa os nomes que damos a estas coisas. É a partilha de partes importes e significativas de nós mesmos, dos outros, das nossas culturas, vivências, dinâmicas, e do belo eterno que nos circunda mesmo quando não conseguimos ver. Se isso não é sagrado, não sei o que é! Read More
Edy Lobo reúne, em «Diário de um professor (a) normal», uma vintena de crónicas que se situam entre o literário, o jornalístico e o dissertativo, impregnadas do seu saber multifacetado que se consubstancia no conhecimento de áreas como jornalismo, literatura, didática e investigação científica. Reconhecemos valor em cada texto desse livro, no entanto incidir-nos-emos apenas em três textos em razão das exigências cronológicas da apresentação de um livro. Read More
Às vezes, a vida veste e reveste-se-nos de intermináveis rodeios. Para quem não viaja, há minutos ou séculos, ser-lhe-á dado o passe livre,pelas mãos, lendo A Arte de Sentir, onde o fluir de um vocabulário diverso,raro e riquíssimo em imagens, cria rios de visões mentais, dos quais, num simples percorrer de páginas, conseguimos reencontrar-nos com a mais remota civilização africana, e, por coincidência, a primeira que o mundo conheceu, o EgiptoAntigo, em reminiscência aos Faraós ou à deusa Nerfertiti, trazidos à nossa presença quer pelas areias movediças do deserto, quer pelo utópico esquecimento onde foram afunilados, e, com eles, as demais mulheres africanas (“Presidiárias da realidade”, p. 32), que se dedicam à empresa da promiscuidade, “beijando bocas”.Entretanto, as outras, a quem o sujeito poético se dedica, vivendo todo esfarelado,manso e submisso, em “charcos de palavras insípidas” se dissolvem, motivo pelo qual o mesmo se questiona: “Seria heresia pensar/ Que o amor não existe?”(p.67). Read More