É impossível não se divertir nem rir, muito menos não aproveitar das várias informações que se encontram na obra como a origem da língua, o processo de evolução do português e a rica capacidade de criatividade linguística dos angolanos
Os Poemas de Pintura dos Ecos insinuam o regresso ao passado, especificamente às raízes culturais e tradicionais de Angola, o que se percebe pelos signos linguísticos do título: “Pintura”, que corresponde à representação de uma imagem numa tela, e “Ecos” que nos remete para o movimento de um som que se propaga no ar ou que retorna à sua fonte de produção.
A vírgula é um membro pequeno da família pontuação, que causa estragos na revisão linguística. Talvez seja a ideia que se tem sobre ela: por uma questão de hábito, a vírgula, a vírgula é quase sempre vista na perspectiva expressiva – marca uma pequena pausa.
Com a publicação do poemário «Angola me diz ainda», em Novembro de 2017, começava em Luanda um dos projectos literários...
Toda a crítica literária encerra uma dimensão filosófico-analítica. Os textos literários podem ser lidos de diferentes maneiras, contudo acreditamos que cada texto impõe ao transdutor (críticos ou analistas) um tipo de leitura que é condicionada pelo ângulo que o melhor favorece. Tal imposição pode ilibar, de certas exigências, o indivíduo que materializa objectivamente as suas ideias através do texto literário.
Todos os dias, somos obrigados a ler textos escritos, seja nas redes sociais, em publicações simples ou em livros digitais, seja ainda em livros impressos. A quantidade de informações escrita a que temos acesso, dia após dia, é cada vez maior, o que pode ser prejudicial caso não tenhamos a capacidade de escolher o tipo de texto e seu conteúdo. De facto, a leitura pode desencadear reacções específicas no leitor: ela pode ser saudável quando oxigena o intelecto do leitor, e tóxica, quando o lesa intelectualmente. Como é que tal acontece?