Em jeito de conclusão, devo dizer que cada poeta é um mundo de sonhos, de desejos, de clamores, de lutas. Cada poeta, socorrendo-se dos artifícios que trazem o belo no texto, deve deixar fluir a sua alma livremente. E aqui, para mim, Kaz Mufuma consegue muito bem elevar-se aos píncaros da beleza textual em muitos dos textos com figuras de linguagens bem colocadas. Sendo que, mais do que o corpo e a alma, na poesia, senti vivamente a voz lírica desse jovem vibrante do nosso tempo. Read More
Hoje sou um choro de vida
numa anulação em que o dedo toca a síntese musical da vida
uma vida dentro de outras vidas
talvez seja a simbiose que carrega o silêncio ameno do sangue
que carrega uma flor que fala mas não falo da palma das minhas mãos
não falo do bater dos pulsos quando sente a opacidade em si
falo de um sonho que o mar me ama
de um dia em que a liberdade não é perigosa
falo do além que é hoje e às vezes nunca chega Read More
E qual é a solução? Matar o palhaço que há em mim e fazer (re)surgir o rei. Mas o rei, ao fim e ao cabo, transfigura-se, também, em palhaço. Atire a primeira pedra quem nunca execrou a vida. Amaldiçoar ou filhadaputar a vida é o que faz qualquer mero mortal longe dos dogmas e fingimentos, e numa situação de pressão e incertezas, pior ainda. Se a imunidade do meu status quo fosse sanitária, essas horas o mundo estaria confinado na minha mala de viagem. Read More
Sobre esse aspecto, chamamos a figura do professor, que, para Maestro (2017) “…tornou-se algo anacrónico no mundo actual. Onde a nossa sociedade não busca conhecimento, mas militância. A imposição pós-moderna do politicamente correcto torna-o um militante”. No caso de Angola concretamente, o professor foi substituído pelo militante, onde o nacionalismo joga o papel da docência, e a escola é o ninho onde se cria os discípulos. Read More
Facto: ninguém nasce vilão, uns fazem-se, outros são feitos. Em qualquer das situações, o que há em comum é a elaboração da narrativa. Os maiores vilões que o mundo já conheceu foram criados através de narrativas espectaculares, antes, durante, ou depois das suas ascensões ao pódio vilanesco. Read More
Cruz dos Santos, com todos os transtornos, chega a Canjala. Vai à festa dos jovens da circunscrição, todavia, em toda a via, é barrado pelos seguranças do team arrogância por não ter um tênis da Galáxia. Cruz dos Santos liga para o motorista Kobele das Mbaias e esse, para acalentar o cerebelo do senhor Cruz, lhe sugere ir a Marginal ouvir a tradicional prosa dos marginais, mais diversificada do que a economia da terra do Novo Messias. Read More