Steiner costumava dizer que o crítico literário é como um carteiro/mensageiro. Os livros são as cartas que ele porta. Todavia, ele precisa ter cuidado ao remeter as cartas aos endereços certos. Há livros que salvam vidas. Não são todos, nem muitos. O crítico literário tem de ter ciência disso.
A Literatura de Esperança tem ganhado muitos aderentes fruto da grande estratégia de marketing por parte de seus fazedores. O número de vendas dos livros já citados é uma amostra deste facto. O que não acontece com Obras Literárias, pois nota-se uma fraca estratégia de marketing por parte de editoras quanto a publicação das mesmas.
Cruz dos Santos, com todos os transtornos, chega a Canjala. Vai à festa dos jovens da circunscrição, todavia, em toda a via, é barrado pelos seguranças do team arrogância por não ter um tênis da Galáxia. Cruz dos Santos liga para o motorista Kobele das Mbaias e esse, para acalentar o cerebelo do senhor Cruz, lhe sugere ir a Marginal ouvir a tradicional prosa dos marginais, mais diversificada do que a economia da terra do Novo Messias.
Ao ler «O Vácuo da Crítica Literária em Angola», fica-se com a ideia de que a crítica literária só deve ser feita às obras dos «bons escritores», todavia o mesmo contradiz-se ao afirmar, no seu sexto parágrafo, que os jovens autores e alguns escritores que, no pensar de Mendonça, foram, injustamente, galardoados com prémios de literatura em Angola também a necessitam «para se lhes provar porque é que nunca produziram obra de excelência»
Estava eu no décimo nono andar da torre Kilamba a apreciar o pôr-do-sol quando recebi uma mensagem do historiador e...
A hora H é para nós aquela hora em que tudo de bom acontece, é como a hora da verdade para o Petro de Luanda e adeptos; os adversários, por mais contundentes que sejam, evaporam e se desfazem no ar. É assim, como se nos apresentou o mês de novembro, cheio de bons ventos a soprar-nos a alma e empurrar-nos para o canto da permanência, se quisermos dizer, para o canto eterno das coisas. Embora estejamos no manto da dor, afinal, neste mesmo mês a vida permitiu que perdêssemos a substância de dois grandes homens,tradutores dum mundo incompreendido.