A moda, sempre actual, trouxe à ribalta muitos neologismos e, no nascimento desta década, a COVID-19 atingiu o auge da fama e, rapidamente, deu-se a conhecer no mundo inteiro, muito pelo perigo que representa e sua capacidade de propagação. Como os males nunca vêm só, a pandemia da década arrastou, para o rol do estrelato, neologismos e anestesiando vários falsos arcaísmos.
O cenário, “intimamente intimista”, não daria para muita gente, e, infelizmente, muita gente precisaria de uma boa terapia musical no último dia laboral da semana, excepcionalmente na quinta-feira. A parte frontal da sala que, claramente, seria manejada pela anfitriã estava composta por uma mesa na qual dava para ver um PC e mais alguns instrumentos, dois, se tanto. Havia três microfones destacados, prevendo, além de ela, mais dois acompanhantes. Mas o que se viu foi o contrário. Ou seja, Maria-Gracia Latedjou, ao contrário do que se esperava, dominou todo o cenário, sozinha, com a simplicidade de uma experimentada artista de longos anos. Além dos dois instrumentos denotáveis sobre a mesa, demo-nos conta do violino que foi o instrumento base ou principal durante o concerto, tocado com e sem arco, embora, no seu EP inaugural, “o baile dos sentidos”, o violino não tenha conhecido o arco como tradicionalmente é.