Discursar subentende uma grelha de leitura que congrega variadíssimas dimensões como sociais, políticas, económicas, culturais, antropológicas que concorrem para o êxito, ou não, do discurso enquanto palavra em acto. Discursar, sobretudo, não é simplesmente falar o que as pessoas querem ouvir, mas fazer o que as pessoas das diferentes esteiras sociais precisam de ouvir.
O rapaz não lhe deu mais atenção e voltou-se para o seu ofício, com o mesmo perfeccionismo esotérico. Agora era a vez do pé esquerdo. O mesmo processo repetia-se de forma metódica, quase científica, se não houvesse também algo de místico, como uma entrega espiritual. Uns movimentos que só podiam ser dos instintos impensados que encontram a perfeição na fugacidade da intuição.
Em «Um oceano, Dois mares, Três continentes», José Mena Abrantes propõe uma tentativa de tradução literal, mas incorre, tecnicamente, em certos casos, numa autêntica corruptela de sentidos ao traduzir um conjunto de palavras do francês cuja equivalência em português se desvincula do seu sentido original. Não condeno o uso da tradução literal[1], aliás, compreendo e aceito que Mena Abrantes tenha, inevitavelmente, optado por este tipo de tradução mediante as semelhanças que existem entre as duas línguas envolvidas neste processo (francês e português)
A Literatura de Esperança tem ganhado muitos aderentes fruto da grande estratégia de marketing por parte de seus fazedores. O número de vendas dos livros já citados é uma amostra deste facto. O que não acontece com Obras Literárias, pois nota-se uma fraca estratégia de marketing por parte de editoras quanto a publicação das mesmas.
Voar nunca é magia, é arte. Dormir nunca é sorte, é divindade. E se há um deus nas nossas sombras, nunca existirá um inferno maldoso. Eu acredito nos desacreditados porque os heróis humanos não passam de vingadores, todos quando são sucedidos nunca é praticado o acto de bondade que rezam. Sempre há destruidores mesmo que este não fosse o motivo.
Escrever é um acto de coragem também. Mas como vivemos todos cheios de urgências e a ciência exige paciência – que por causa do capitalismo quase já não nos há, resta-me dizer, mui respeitosamente, que os senhores editores e o escritor ainda vão a tempo de corrigir o que está mal. Saiam do muceque e vão para o musseque ou mesmo