O Ministro da Saúde, que era um bom cristão, pertencente à igreja católica, apostólica e romana, na sua intervenção disse: “Nós somos um povo abençoado, porque todo e qualquer povo contentar-se-ia se, porventura, um dia a morte se lhe desaparecesse. Há seis meses que estamos sem registos de mortos nos nossos hospitais e, se essa for a vontade de Deus, pai todo-poderoso, que assim seja, estaremos felizes por sermos o primeiro povo que, sem o uso da ciência ou outros saberes humanos, se livrou da morte.
A língua oficial de Angola é a Língua Portuguesa, meio pelo qual permite a comunicação dos angolanos de Cabinda ao Cunene. Desta feita, a norma que vigora em Angola é a europeia (Portugal) e os angolanos esforçam-se para a sua rigorosa aplicação. A grande parte dos angolanos não falam nem aplicam todas as regras da norma-padrão português devido ao contacto que o português tem/teve com as línguas angolanas de origem africana. Por outro lado, o espaço pode ser o elemento distintivo entre o Português Angolano (PA) e Português Europeu (PE).
Como lido algures, “a cultura constrói os códigos e as linguagens simbólicas em que radicam os sentimentos de pertença a um colectivo de base territorial.” É, no entanto, neste conceito a que nos enlaçamos para compreender como os novos espaços urbanos dão sustentabilidade à liberdade criativa para a construção de códigos e linguagens simbólicas enquanto “subterfúgio” dos sentimentos das gerações.
Com sala ocupada acima do limite por gente vinda de várias latitudes da cidade de Luanda e não só, o certame foi essencialmente preenchido com intervenções que trouxeram a terreiro o perigo, cada vez mais evidente, da extinção das línguas nacionais, tidas como elemento primordial da identidade cultural de qualquer povo, numa altura em que, volvidos quatro décadas depois da Independência Nacional, a desculpa do colonizador e do seu tipo de colonização já não colhe. E foi nesta senda que Cesaltina Kulanda, que também é jornalista, recomendou à população e, principalmente, ao governo a incrementar esforços e redefinir políticas com vista a evitar a extinção das línguas nacionais.
A nova edição da Palavra&Arte chega para cobrir o vazio deixado por um ano de estiagem desde que saiu a última edição. O lago do tempo que separa esta edição da última foi preenchido por diversas promessas não cumpridas, bem como de perda de interesse de pessoas que se haviam comprometido com a revista. Desilusões, dores de cabeça e socos no estômago foram desmedidos, mas não nos fizeram perder o ânimo que tem catalisado, desde o começo, a nossa perseverança e que tem nos levado a agraciar leitores, novos e velhos, cultores e amantes da arte com aquilo que amamos fazer, falar de arte, impulsionar o poderio cultural que existe em Angola e expressar um desmedido apoio à contínua busca pela identidade de um povo
A nova edição da Palavra&Arte chega para cobrir o vazio deixado por um ano de estiagem desde que saiu a última edição. O lago do tempo que separa esta edição da última foi preenchido por diversas promessas não cumpridas, bem como de perda de interesse de pessoas que se haviam comprometido com a revista. Desilusões, dores de cabeça e socos no estômago foram desmedidos, mas não nos fizeram perder o ânimo que tem catalisado, desde o começo, a nossa perseverança e que tem nos levado a agraciar leitores, novos e velhos, cultores e amantes da arte com aquilo que amamos fazer, falar de arte, impulsionar o poderio cultural que existe em Angola e expressar um desmedido apoio à contínua busca pela identidade de um povo que, entre diversos e distintos trambolhões sociais, se desconhece cada vez mais.