“Evangelho bantu” é a obra a merecer os nossos estudos para um discurso crítico-literário com todos os métodos das demonstrações vinculadas no âmbito do materialismo filosófico. Uma obra que nasce de um grande projecto da editora “Perfil Criativo” ou “Alende”, Literatura de Bolso.
É impossível não se divertir nem rir, muito menos não aproveitar das várias informações que se encontram na obra como a origem da língua, o processo de evolução do português e a rica capacidade de criatividade linguística dos angolanos
“Meu caro professor Luciano, quero comunicar – lhe que acabo de assegurar a libertação do seu compatriota Nelson Cangombe… Nada que o dinheiro não resolva… Um dos meus advogados conseguiu que fosse estipulada uma caução, tornando – se tudo muito mais fácil. – Muito obrigado, senhor Feng, pelo menos essa parte do problema fica resolvida. E faço votos sinceros de que o investimento seja lucrativo.” (p. 104).
os contos podem ser: Contos do fantástico e do maravilho- cujos protagonistas são seres humanos à mistura com monstros antropófagos, seres inanimados, homens metamorfoseados por poderes ocultos, espíritos, divindades e afins.Nestes contos, o enredo contém acontecimentos ou factos extraordinários que a razão humana não consegue explicar, remetendo a explicações para o plano de poderes ocultos e para os sobrenaturais. O objectivo destes contos é infundir respeitos pelos princípios metafísicos ou de espiritualidade que subjazem na relação Homem-Natureza-Entidades Superior. Infundem medo quanto ao desrespeito pela vida em sociedade. São exemplos disso os primeiros contos do livro e paradigmático, “O quarto da avó”. E contos sociais que fazem parte do entretenimento cujo objectivo é transmitirem um exemplo ou uma lição.Os seus personagens são seres humanos, as vezes misturados com animais no plano secundário. Os factos são tidos ou narrados como verdadeiramente acontecidos num tempo e lugar determinados e contenham alguns episódios magísticos ligados aos seres humanos com poderes especiais, ocultos. O exemplo melhor conseguido desta categoria é o conto Mahamba.
Em nosso estudo, essa palavra advém da cisão títu + logia. Porém, é fundamental que se apresente o que se entende por título, segundo o Dicionário Da Língua Portuguesa Contemporânea da Verbo editora (2001, p. 3573): “(Do latim titŭlus). Denominação de um livro, capítulo, jornal, artigo (…)”. O conceito de titulogia surge dos distintos processos linguísticos: primeiramente, recorre-se à queda ou supressão propositada, apócope, elimina-se a última sílaba “lo”, posteriormente, dá-se, implicitamente, o processo morfológico de formação de palavras, a falsa derivação, por “títu e logia”, mas não se tratando, concretamente, de sufixo e prefixo; numa segunda visão, é também um neologismo híbrido, recorrendo-se à segmentação do conceito para se apurar, mesmo de forma embrionária, o seu processo de formação. Com o referido lexema, pretende-se um estudo semântico dos títulos na literatura angolana.
Haverá alguém no auditório que acredita que o Spoken Word não seja literatura? Numa das mensagens enviadas pela organização deste...