Vale está de acordo com a ideia de que a escrita é sempre uma escolha livre e que todo aquele que escreve não deve aceitar a imposição temática ou temporal. Aliás, tanto faz no passado quanto no presente, há sempre algo a tratar, portanto o que importa, para o poeta, é “entrarmos” nesse “maravilhoso jardim árabe e sentarmo-nos logo ali/no primeiro banco de pedra lisa/imaginando o azul do mar” e extrair dele o necessário ou aquilo que é vital para a alma. Assim, Vale vale-nos pelo seu convite para contemplarmos o mundo nos seus diversos ângulos.
Toda a crítica literária encerra uma dimensão filosófico-analítica. Os textos literários podem ser lidos de diferentes maneiras, contudo acreditamos que cada texto impõe ao transdutor (críticos ou analistas) um tipo de leitura que é condicionada pelo ângulo que o melhor favorece. Tal imposição pode ilibar, de certas exigências, o indivíduo que materializa objectivamente as suas ideias através do texto literário.
Todo o Movimento Literário tem um expoente, uma identidade, uma ideologia e, acima de tudo, uma poética. A Literatura tem...
Habitamos num país com grande povo de poucos leitores, facto que impõe dificuldades culturais para um livro bem-vindo, sem recusar...
«Viagem para o Fim» e «O Ocaso dos Pirilampos» preenchem, muito bem, os pressupostos da prosa surrealista que se resumem...
“Não acredito que um crítico não seja, antes, um leitor encantado. Porque é depois do encanto que vamos à procura...