Diante da importância de autores como Luís Carlos Patraquim para a construção da poesia moçambicana e elaboração de suas frentes literárias e, também, da potência da escrita de Hirondina Joshua, dentre poetas mulheres que despontam no país após tanto tempo apenas com nomes singulares como os de Noémia de Sousa e Glória de Sant’Anna, é possível analisar como os movimentos de poesia na escrita desses poetas revelam algo além da intertextualidade – e aqui, por ordem de gerações, seria coerente o diálogo intertextual de Patraquim empreendido pela poesia de Joshua, na qual se nota uma escrita consciente e crítica. Read More
Crónicas de Arruaça no País das Maravilhas” resulta do kitsh que o mundo se tornou desde Janeiro de 2020. No viés material, o mundo fez-se um baile de máscaras, álcool em gel, viseiras, mortes, prepotência e distanciamento físico.Ora, com sarcasmo, ironias e técnicas de carnavalização de pessoas e temas, os escritores de “Crónicas de Arruaça no País das Maravilhas” escrevem artisticamente engagé, fazem, em cada prosa, uma reportagem da arruaça, do bulício das manifestações, da fome, da saúde, da injustiça, da desigualdade social, do analfabetismo funcional, da violência policial, da utopia e da distopia que uns chicos espertos vendem ao povo em leito oral. Read More
Cada autor forma um pequeno poemário, com direito a título, formando a que chamamos de caderno poético. Cada caderno poético é constituído por três textos no mínimo ou cinco, no máximo. Neste caso, a nossa colectânea é composta por dez poetas e, consequentemente, dez cadernos: AINDA RAÍZES (quatro poemas) de Job Sipitali; AMOR E UMA PITADA DE EROSTISMO DANÇANTE (três) de Emanuel Sebastião; MAL DITO CÁLICE (quatro) de Hondina Rodrigues; O ABSURDO (três) de Aldair Gomes; O VAZIO (três) de Lúcia de Almeida; PA FRENTE, PRA LAVRA (quatro) de Bona Ska; PESO DA ESTAGNAÇÃO (cinco) de Luís Kapemba; SÓ LETRA SÃO DO PRAZER (três) de Telema; SUSPIROS INCOERENTES & MADRUGADA (quatro) de Adriana Borboleta; e VÁCUO DO LIMITE (cinco) de Jorge Pedro. Read More
A Mayombe apresenta-se como um espaço de se falar literatura com excelência e de se julgar as mais notáveis produções literárias com todo o rigor que se exige...
A Revista em sua posse nasce da necessidade de se contribuir para o elevar de uma Instituição Literária em Angola que, com excelência, galgue os mesmos espaços das mais notáveis obras a nível mundial por sua sublimidade.
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A Crítica Literária não é uma máquina de demolição das obras literárias e de seus autores nem de ascensão dos mesmos, como se acredita. De facto, reconhecemos que o exercício crítico tem o poder e legitimidade de desenterrar obras e autores armazenados no cemitério do esquecimento e do insucesso e dar-lhes o devido reconhecimento. Outrossim, também pode deitar por terra obras e autores que gozam de sucessos imerecidos. Porém, esse não é o objectivo essencial da Crítica Literária. O objectivo primordial e essencial da Crítica Literária é analisar, interpretar de forma racional os materiais literários. É, portanto, neste exercício interpretativo que a Crítica Literária pode desvendar determinadas fragilidades ou qualidades, revelando, deste modo, o carácter valorativo das obras literárias. Read More
Verte sangue amarelo
ver-te sangue
amar elo de rosas espinhosas
nesta terra de vento Read More