Tal como no desenvolvimento biológico e psicológico do homem, que nasce, passando pela infância, adolescência e juventude ou fase adulta, o artista das letras também vive estes momentos, adotando características parecidas de uma criança, adolescente e/ou jovem-adulto. Mas, entre as três fases, a adolescência é aquela do descobrimento, dos mergulhos desenfreados em tudo que vê e ouve, sem receio e a calma que a maturidade descobre depois das quedas da experimentação descalculada.
A narradora-protagonista, utilizando «o seu bom espírito observador a fim de captar todos os pormenores que sejam úteis à descrição, quer envolva pessoas quer objectos, paisagens ou o tempo», consegue «pintar por palavras» a baixa de Luanda, descrevendo os edifícios, o mar e algumas pessoas, zungueiras, jovens, taxistas e outros (figurantes).
Muita boa gente – letrada ou não letrada -tem pensado que a crítica literária é uma acção, actividade, que visa,...