Tanto análise literária como a crítica têm o texto como eixo de partida. Isto é, o texto é razão de se ser destas nomenclaturas. Assim sendo, a leitura textual, em nosso entender, para o assunto em abordagem, implica necessariamente à interpretativa. Entendemos, em nossa comunicação, que o conjunto dos enunciados literários, que não deixam de ser linguísticos, submetidos à análise como meio para se chegar à crítica literária compreende o campo da textualidade. Assim sendo, o texto poderá ser também uma amostra do comportamento linguístico que congrega as suas variantes e variáveis.
No entanto, com base nas mutações da sociedade, sendo uma delas, e cada vez mais sonante, a própria emancipação da Mulher, a decência, feito uma cebola, tem perdido várias camadas e tem sido empurrada a uma classe de substantivos na qual não se vê rebaixada a Mulher, nem tampouco permite que as suas aspirações, apetências e vontades sejam menosprezadas em detrimento de conceitos/pensamentos obsoletos.
Com a publicação do poemário «Angola me diz ainda», em Novembro de 2017, começava em Luanda um dos projectos literários...
Depois da publicação do AMOR MENDIGO em 1997 e um ensaio em 2003 sobre Agostinho Neto, o libertador e homem de cultura que todos conhecemos –ou pelo menos deviamos conhecer! – , eis que o poeta «da vaca que arrasta o tempo», fazendo jus à sua (re)conhecida pena, reapareçeu, passada que foi uma década e meia de reflexão e labor oficinal com o CORPO MOLHADO DE PRAZER, livro editado pela União dos Escritores Angolanos na colecção «Guaches da Vida».