Bilhões queimados em ventiladores
urgências pra os hospitais de campanha
que estarão vazios, que coisa estranha
quando ainda morrem crianças e senhores
Uma doença, inúmeros favores
do geral roubando atenção tamanha
levando a olvidar mortal façanha
que muito mais nos assola com dores
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Quem fez isso ofereceu a leitura convicta de se tratarem de ordens superiores, o que já estava a acontecer e a ser veiculado: a violência estapafúrdia de uma polícia há muito despreparada, que tentou lidar com a situação da pandemia, como lida com a das zungueiras. Resultado: o número de pessoas mortas pelas balas da polícia, ao longo do estado de emergência, excedeu o número de óbitos pela pandemia Read More
Com ou sem capa, são merecidas as aspas à aclamada heroína da saúde, pois, afinal, está no ramo desde o ventre e detém o posto desde séculos antes da pandemia e, mais que isso, conhece a fundo o furúnculo há muito apodrecido que é o nosso sistema de saúde. E como é de praxe entre os nossos dirigentes, apresenta com pompa e circunstância os número para o inglês ver e encafuam os outros que enchem os hospitais de condições precárias, as morgues e os cemitérios. Read More
A moda, sempre actual, trouxe à ribalta muitos neologismos e, no nascimento desta década, a COVID-19 atingiu o auge da fama e, rapidamente, deu-se a conhecer no mundo inteiro, muito pelo perigo que representa e sua capacidade de propagação. Como os males nunca vêm só, a pandemia da década arrastou, para o rol do estrelato, neologismos e anestesiando vários falsos arcaísmos. Read More
Handanga leva-nos à Bíblia, fazendo-nos reflectir na narrativa de Noé. (Veja-se Génesis 6 – 9). JH faz uma analogia entre o que se passou na era de Noé com o que se viveu nos primeiros dias da pandemia: “Noa otunga ocimbaluku, ombela yo yiya. Omanu vayola yola, vanyua, vapiluka, hati/ vati Noa walinga eyui.” Ou seja, enquanto Noé construía a arca e alertava às pessoas sobre o dilúvio, as mesmas riam-se dele, comiam, bebiam e dançavam, dizendo que Noé estava maluco. Read More
É mais uma crise que o mundo não tão cedo há-de esquecer. Mas crise é sinónimos de oportunidade, e há oportunidades a baterem às portas das sociedades, a rogarem para que as deixem entrar e possam mudar, moldar, os próximos tempos. O mundo, depois dessa, não será o mesmo. A arrogância das potências mundiais estará condicionada aos estigmas que elas próprias criaram Read More